quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Não queremos um cargo, queremos um trabalho, buscamos um sonho!

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A grande maioria dos aprovados em concursos policiais os fazem porque querem realmente ser policiais. Nós não queremos só ter um cargo e um salário, estamos perseguindo um sonho: Ser policial. Claro que o salário é bem vindo, sempre é, ninguém vive da luz solar, mas o sonho é a grande busca.

Após a prova objetiva, durante as demais etapas (são muitas) do concurso, era possível ver a vibração de cada candidato, era notório o esforço, era emocionante como cada um estava "dando o sangue" para ser aprovado e como se sentiam bem em ter conseguido chegar até ali. Víamos também a tristeza coletiva quando alguém ficava pelo caminho, mesmo sendo concorrente direto.

Um concorrente chegou a desmaiar de exaustão no teste de corrida de 12 minutos, de tanto que se esforçou, mas não desistiu! Desmaio mas não desisto, pensou ele, ante o valor de estar ali!

No final das contas, os 1000 primeiros aprovados em todas as etapas foram finalmente convocados para o tão sonhado Curso de Formação Profissional (CFP). Eu mesmo fiquei sem dormir alguns dias pensando como nesse tal CFP. A ansiedade era imensa. No curso foram 3 meses de ralação (nem tanta ralação assim, vai). Empolgação a flor da pele e muita diversão em cada disciplina, em cada instrução prática, em cada tiro dado.

Após o último fora de forma, no dia da formatura (23/05/2014), viam-se lágrimas e mais lágrimas de alegria. A impressão era que tinham jogado gás no salão, todos de olhos vermelhos e narizes escorrendo! Finalmente todas as etapas do concurso foram vencidas. O sonho estava quase se realizando. Finalmente seríamos Policiais. Policiais Rodoviários Federais. Como soava bem isso. De 1000 convocados para o curso de formação, 951 conseguiram concluir. E agora era só esperar a nomeação. Ahhhh, a nomeação... só alegria hein... Só que NÃO!

O que não sabíamos é que essa nomeação não viria tão cedo. Muitos haviam saído dos seus empregos, outros pediram empréstimo e alguns estão devendo até as calças, tudo isso para poder cursar o CFP. Afinal a nomeação sairia em uma ou duas semanas após o término, no máximo!!! Foram, na verdade, 3 meses de espera. Mas calma, ainda não terminou.

E, finalmente, após quase 3 meses de enrolação (se não tem explicação, só pode ter sido enrolação), em 18 de agosto de 2014, o MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), autoriza a nomeação de 501 dos 951 candidatos formados, adiando mais ainda (sabe deus até quando) o sonho de 450 candidatos formados. Falei que ainda não tinha terminado. E, adivinhem só, eu estou colocado após o 501º. Então, para mim, ainda não foi dessa vez. Muito obrigado, MPOG!

Agora acabou.

Desabafo: Ao nomear novos policiais não se pode falar em gasto público. Estamos falando de investimento em segurança pública. O sonho de uns é a segurança de muitos, nesse caso, usuários das rodovias federais. Passados mais de um ano da prova objetiva estão sendo nomeados apenas metade dos candidatos aprovados. E, só em 2014, vão se aposentar 800 PRFs. Ou seja, entrando 500, não estamos nem suprindo aqueles que estão saindo. Valeu Brasil.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Rotina de Estudos para concurso público

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Para quem quer ser aprovado em concursos de grande concorrência, como os da PF, PRF, Receita Federal, etc., qualquer hora é hora para estudar. Não adianta pensar: Ah, vou esperar até mais tarde, quando terei mais tempo, porque só tenho 20 minutos disponíveis agora. Esse é o tipo de pensamento que se faz perder tempo, e muito! Foram-se, nesse caso, 20 minutos jogados fora! Cada intervalo deve ser considerado tempo útil para os estudos, principalmente para quem trabalha 8h por dia. E, por isso, o planejamento e a organização nos estudos são tudo.

Quando eu realmente vi que só me organizando para lograr êxito no concurso almejado, fiz uma planilha com as minhas horas livres e quais delas eram passíveis de serem utilizadas para os estudos. Afinal, nem toda hora livre é hora útil de estudo. Um exemplo é a hora do almoço. Se você tem 1h de almoço, não adianta se cobrar também 1h líquida de estudos, já que se é necessário almoçar. Lembre-se de que se alimentar é fundamental para a cabeça funcionar bem. Mas também você não precisa gastar essa hora toda no almoço. Frações de hora são tempos de estudos importantes. E isso fez a diferença para mim.

Vamos ao meu caso:

Eu trabalhava 8h por dia, das 8 às 17h. Pedi para mudar meu horário de entrada para às 7h e saída para às 16h, dessa forma eu me obrigaria a acordar 1h mais cedo, ganhando 1h nesse processo. Ainda teria a vantagem de pegar menos trânsito saindo às 16h, deixando de perder tempo com o traslado.

Como eu queria o concurso da Polícia Federal, ainda tinha que me manter na academia, pois não adiantava nada passar na prova escrita e reprovar no TAF. Então, nesse caso, já seriam 8h para o trabalho mais 1h para a academia, ou seja, 9h do dia a menos para os estudos. Dessa forma eu só poderia estudar a partir das 16h, certo? Errado. Eu ainda tinha a hora do almoço. Eu almoçava em 15 minutos para poder ter 45 minutos de estudos. E rendia muito. Fora as frações de horas que eu estudava que me comprometerão se eu contar aqui! Mas esse é o pensamento: estudar em cada minuto disponível, cada fração de tempo, sempre que der. Parou para tomar um cafezinho, aproveite e resolva uma questão. Foi ao banheiro, leve o celular com o vade mecum. Entenderam? Espero que sim!

Mas, sem mais delongas, vamos à rotina diária completa:

7h às 12h - Trabalho
12h às 12h15min - Almoço
12h15min às 13h - Estudos (+ 45min de estudos)
13h às 16h - Trabalho
16h às 16h20min - traslado para o cursinho
16h20min às 16h40min - cochilo no carro no estacionamento do cursinho para recuperar as energias (não adianta estudar pensando em dormir)
16h40min às 17h - lanchando e acordando
17h às 18h15min - estudando na biblioteca do cursinho para aguardar a aula começar (+ 1h 15min de estudos)
18h15min às 21h30min - Aula do cursinho com 15 minutos de intervalo (+ 3h de estudos)
21h30min às 21h45min - traslado para a academia
21h45min às 22h45min - Academia
22h45min às 23h - traslado para casa
23h às 23h30min - jantar e banho
23h30min às 01h - Estudando em casa (+ 1h 30 min de estudos)
Aos sábados eu estudava 6h por dia, ou até o quanto aguentava. Sábado à noite e domingo eram meus horários de descanso / namoro.

Somando-se as horas de estudos chega-se a um total de 6h e 30 minutos diários. Nem todos os dias eu aguentava estudar após a academia devido ao cansaço e ao sono, mas eu sempre tentava. É muito importante você forçar e tentar estudar, a resistência vai aumentando a cada dia. Eu só parava quando já não conseguia somar 1 + 1.

Frisando: force a barra, lute contra seus limites, busque motivação. Você quer ou não quer passar? Ninguém disse que seria fácil. Ninguém disse que não doeria. Mas todos que passam por isso dirão que valeu a pena. E como valeu! Hoje, aguardando a nomeação, eu saio do trabalho às 16h e vou à academia. De lá, vou pra casa, sem pressa. Em casa, tomo banho, janto e vou jogar video game. Digam vocês: já valeu o esforço, não valeu?

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Concurso suspenso, e agora?

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E então, num belo dia de sábado, eu chego à aula de língua portuguesa, pela manhã, quando sou noticiado: o concurso pra Escrivão da Polícia Federal foi suspenso!
 - Suspenso por quê? Pergunto eu meio que desacreditando da notícia.

Fiquei completamente puto da vida meio chateado pelo motivo da suspensão: não havia previsão de vagas reservadas para deficientes (PNEs), como mandava a lei. Muitas discussões rolaram entre os concurseiros se devia ou não devia ter vaga reservada para Pessoas com Necessidades Especiais para cargo policial, mas nada disso levaria a nada, nossas vidas estavam nas mãos do STF, infelizmente.

Nessa época eu juro que mal entendia o Supremo Tribunal Federal e para que ele servia. Achava que era somente para atrasar as decisões. Juninho demais eu era!

Mas voltando ao assunto, ainda consegui me dedicar aos estudos por 15 dias após a suspensão do concurso. Depois disso, desanimei. Estudava umas 2 horinhas por dia somente, quando estudava. Parei de fazer cursinho e as demais aulas. Quase me conformei novamente em estar no atual trabalho. Comecei a sair aos sábados e dormir o dia todo aos domingos. E, pelas minhas "comprovações observatórias", esse desleixo todo é sinônimo de não aprovação em concurso algum.

Passando por essa situação toda, pude comprovar que ninguém é de ferro. Por mais motivado que estejamos, as pedras no caminho podem nos desanimar e, se não formos persistentes, podem nos derrubar. Esse chove-não-molha de um concurso acaba com as energias de qualquer um. Só quem estuda sabe.

Fiquei nesse desleixo até final de 2012, quando pensei: preciso reiniciar minha cabeça para poder continuar. Recuperar o gás, pois o sonho não tinha acabado, não para mim! Então tirei férias e esqueci completamente dos estudos.  Foram uns 20 dias de despreocupação total. Porém com data de volta aos estudos planejada: 14 de janeiro de 2013. Foi quando tudo voltou aos eixos e a caminhada para a aprovação estava traçada!

Quando voltei de férias descansado fui capaz de me reorganizar. Planejei os dias de estudo e como faria. Que dia descansaria e que dia sairia para relaxar a mente e esquecer completamente do concurso, todos precisamos desse dia de descontração. E assim o fiz. Segui todos os meus planos e, com alguma sorte, consegui a aprovação no concurso da PF e da PRF, esse último caiu no colo meio que sem querer (mas isso é outra história).

Próximos capítulos: descrever como eu estudava 6h por dia e me preparava para o TAF mesmo trabalhando 8h por dia de segunda a sexta. Planejamento é o segredo. E muita cafeína! hehehe