terça-feira, 21 de outubro de 2014

Aulas de tiro no Curso de Formação da PRF

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Assim que eu soube que havia passado em todas as etapas do concurso da PRF já comecei a pensar em como seria chegar na academia sem nunca ter dado um tiro. Pensei que, nesse caso, chegaria atrás dos outros aprovados e decidi: vou para um clube de tiro para praticar.

Chegando lá no clube pedi orientações. A dona do clube me ajudou a entender como funcionava a arma e me mostrou algumas técnicas e posições táticas para atirar. Assim se foram 50 disparos. Tiro visado, tiro instintivo, saque rápido, tiro duplo policial e tiro contra colete. Diversão total.

Pois bem, chegando à academia da Polícia Rodoviária Federal pensei: aula de tiro. Para mim, que trabalhava com papel em um ambiente de escritório, num belo dia quando entrei na sala de aula e vi uma PT 840 em cima da mesa de cada aluno, fiquei encantado. Nesse dia o instrutor deu 1 minuto para mexermos a vontade na arma. Depois as recolheu e começou uma aula teórica. Pensei: ahhh, e os tiros?

Pois antes de atirarmos de fato treinamos muito em seco. Tiro em pé, deitado, posição torre, saque rápido, tiro andando, andar tático, tiro à retaguarda, transição de armas, tiro abrigado, tiro com apenas uma das mãos e tudo que se pode imaginar. Nessa hora que eu descobri o que era olho diretor e que meu olho diretor era trocado.

Depois usamos munição de treinamento, aquelas que só servem para dar peso à arma e fingir que dispara. E com essa munição treinamos novamente: Tiro em pé, deitado, posição torre, saque rápido, tiro andando, andar tático, tiro à retaguarda, transição de armas, tiro abrigado, tiro com apenas uma das mãos e, novamente, tudo mais que se pode imaginar.

Após esse treinamento todo eu pensei: agora estou pronto. Quero chegar ao estande de tiro e arrebentar.

E então finalmente chegou o grande dia. A hora que todos esperavam ansiosos. O dia de atirar com a munição de verdade. Chegamos ao estande correndo e cantando canções militares. Aquelas que um fala e os outros repetem, sabe? Pois é. Todos de colete, óculos de proteção e abafadores de orelha, coldre de perna, bornal e porta carregadores no cinto tático. Eu praticamente me sentia no cargo. Agora sou PRF, empolgação (drama mode ON).

Pegamos a arma e o carregador. Colocamos a arma no coldre e os carregadores, agora municiados - com as munições brilhando-, nos porta carregadores e nos dirigimos para a linha de tiro. Recebemos a instrução de como deveríamos fazer, sinais de apito que deveríamos obedecer e pronto. Finalmente chegou a hora da diversão.

Porém eu nunca imaginei que ficaria tão nervoso. Quando o instrutor mandou alimentar e arma e carregá-la, minhas mãos já tremiam. Suava muito e pensei: e agora?? Quando o instrutor falou: ao som do apito, 10 tiros visados, ao seu tempo. Priiii (som do apito! :P). Meu coração gelou. Frio na barriga! Mas eu já tinha atirado, pensava, por que diabos estou tão nervoso? Era incontrolável, apesar de todo o meu esforço para tentar controlar.

Mesmo com todo o nervosismo eu saquei devagar, mirei e respirei fundo, não necessariamente nesta mesma ordem. Acho que respirei fundo antes de mirar, na verdade. Era difícil demais manter a mira no alvo, já que ela se mexia muito. E logo eu tomo um susto. Alguém deu o primeiro tiro. E cada tiro que alguém da linha disparava era um susto. Que coisa estranha, pensei. Vamos lá PRF do Norte, se concentra, porr@. E, após disparados os 10 tiros, e depois mais 10, eu continuava extremamente nervoso. Foi quando eu pensei: será que eu odeio atirar? (Depois eu descobri que não. Que muita gente também estava tremendo e que isso era normal.)

Nas aulas posteriores fui ficando cada vez mais tranquilo. Até que tudo era bem normal. Atirar era bom e eu me empolgava com a transição de armas e com o tiro duplo policial em vários alvos. Apesar de gostar muito, tiro não era a aula mais legal. A aula mais legal era a Condução Veicular Policial. Mas isso é outra história.

Então não rejeite algo que não gosta logo na primeira tentativa. Dê a chance desse algo tentar te convencer. (Como eu achei essa postagem sem sentido, resolvi falar isso no final!! :P). São as aventuras de um Curso de Formação Policial! PRF! Orgulho de Pertencer! Ou quase pertencer.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A realização de um sonho - acredite em você

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Lendo o blog da novinha eu lembrei-me de como as pessoas não acreditam na gente enquanto a gente só está estudando para concurso público e ainda não passou em nenhum. Meu caso era Polícia Federal. Muitos falavam: para passar na PF tem que estudar muito! Outros: como assim você quer Policia Federal? Tem amigos que estudam há 5 anos e não passaram, você acha que em um ano e meio de estudos vai passar? Muitos ficam falando esse tipo de coisa.

Sempre que alguém falava algo que me botava para baixo, ou sempre que estava desmotivado, eu me lembrava de uma musica da Legião Urbana, que eu ouvia muito, e tem uma parte que fala: "nunca deixem que lhe digam que não vale a pena acreditar num sonho que se tem. Que seus planos nunca vão dar certo, que você nunca vai ser alguém". E isso me renovava os ânimos.

Mas, depois que você passa, as pessoas simplesmente mudam. E isso é fantástico. A sensação é incrível. Depois que saiu o resultado da prova objetiva eu fui à vila olímpica aqui da minha cidade pedir para um professor de Ed. Física me ajudar a me preparar para o TAF. Eu já tinha passado nas objetivas da PF e da PRF. Quando eu chegava para o treino na vila eu era o cara que tinha passado pro concurso da PF. Isso dá um orgulho bom, não dá? Pessoal comentava e congratulava.

Mesmo eu só falando para a minha mãe, pai e irmão da minha aprovação, logo os familiares começaram a ligar. Parabenizar e falar que eu era exemplo para os primos e parentes. Essa parte de ser exemplo é um pouco chata. Mas a parte de ser o centro das atenções nas reuniões familiares é legal. :P

Então é isso. Só pra dizer que é bom demais ser aprovado num concurso tão almejado por muitas pessoas. E melhor ainda é realizar, com isso, o sonho, o NOSSO sonho. E dizer para as pessoas que não botavam fé em você: Eu consegui! E nunca deixem que lhe digam que não vale a pena acreditar num sonho que se tem. Que lhe digam que seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém, NUNCA!